2014 foi um ano e tanto para a nossa doce Jemima West e o nosso lindíssimo Kevin Zegers. Pudemos acompanhar de perto os dois e, de quebra, ainda ganhamos o reconhecimento da Jemima, que chegou a mandar um fofíssimo agradecimento para nossa equipe.
Então, que tal vir com a gente e relembrar um pouco desse ano maravilhoso? Chegou a hora da “Retrospectiva 2014” do Lightwoods Brasil.
JANEIRO
O ano começou cheio de novidades para nós! Logo em janeiro, a sinopse do curta “Des Éclats de Verre” (Shattered Glass) dirigido por Fouad Benhammou e estrelado pela nossa Jemima, foi liberada.
E para nos deixar ainda mais felizes, o diretor Fouad foi bem gentil e nos concedeu uma breve entrevista, falando da Jemima e um pouco mais sobre o curta.
Janeiro também foi o mês em que os filmes “Cidade dos Ossos” e “The Colony” (o último, estrelado apenas por Kevin Zegers) foram indicados ao Canadian Screen Awards.
Ah, o mês também foi marcado por várias postagens sobre Gracepoint. Descobrimos que a série teria um final diferente de “Broadchurch”, vimos as primeiras fotos dos sets sendo montados, bem como as primeiras imagens do Kevin durante as gravações.
Este também foi o mês para invejar a beleza da Jemima em um photoshoot lindíssimo e se orgulhar pela indicação de “Cidade dos Ossos” ao GLAAD.
FEVEREIRO
Fevereiro foi um mês com pouquíssimas notícias, mas, graças a Deus, fomos novamente agraciados com um novo photoshoot da Jemima. Dessa vez, ela foi fotografada por Paul Morel. Também pudemos conferir a foto dela no evento “Vernissage Exposition Business Model”.
Gracepoint também teve suas primeiras fotos oficiais divulgadas.
MARÇO
Em março, nos deparamos com a feliz notícia de que “Cidade dos Ossos” havia sido o grande vencedor do Canadian Screen Awards.
Este também foi o mês em que a sinopse de Gracepoint foi finalmente divulgada e que Kevin concedeu uma entrevista, falando de seu personagem Owen.
ABRIL
Abril começou com a divulgação do nome da personagem interpretada por Jemima West, no filme “Kidnapping Freddy Heineken”.
O mês também nos rendeu a notícia de que o curta-metragem “Des Éclats de Verre” (Shattered Glass) havia sido o grande vencedor na premiação de curta-metragem do canal “Sundance Channel”.
Des Éclats de Verre também ganhou seu primeiro trailer em abril.
Já o filme “United Passions”, que também é estrelado por Jemima, ganhou seu primeiro trailer (em Russo!), seu primeiro still e a data oficial de lançamento.
Para fechar esse mês de forma bem diva, Jemima foi escalada para o elenco da minissérie “Indian Summers”. Ela só trabalhou ao lado da Julie Walters. Não basta ser linda e talentosa, ela tem que esfregar na minha cara que conheceu a Molly Weasley!
MAIO
Maio começou com a notícia de que “Kidnapping Freddy Heineken” (que conta com a presença da Jemima), seria exibido em Cannes.
Já Gracepoint, teve seu primeiro trailer liberado pela Fox.
“United Passions” ganhou seu primeiro trailer oficial, pôster e novos stills.
JUNHO
Nosso Ziggy concedeu uma entrevista bem legal durante esse mês, onde falou sobre seu casamento e também comentou mais sobre seu personagem em “Gracepoint”.
Em junho, Des Éclats de Verre faturou mais um prêmio para sua estante. Dessa vez, o curta-metragem venceu o Toronto International Film and Video Awards.
Esse também foi o mês de um site francês comparar nossa linda Jemima à atriz Lea Seydoux (o que é uma comparação e tanta!).
Nosso Ziggy também compareceu ao evento SAG’s 2014 Actors Fore Actors Golf Classic e nos rendeu altas fotos lindíssimas.
Cidade dos Ossos foi indicado ao Teen Choice Awards.
JULHO
Julho foi o mês de atualização de galeria, já que o Kevin compareceu ao Shaw Media 2014, divulgou Gracepoint no Summer TCA Tour e a Fox liberou mais fotos da série.
AGOSTO
Agosto foi um mês divino! Tivemos Jemima em um momento descontraído com o elenco de Indian Summers e o Kevin participando do “Cancer Society’s Fearless Challenge”.
Também demos risada com nosso Ziggy no desafio do balde de gelo!
E, para nossa alegria, felicidade e choro sem parar, conhecemos a nossa rainha, Cassandra Clare! (eu, Mylene, não estava lá, mas ganhei um oi dela por vídeo e fiquei desmaiada!).
SETEMBRO
Em setembro ficamos desmaiadas com as fotos do Kevin no evento FOX Fall Eco-Casino Party.
OUTUBRO
Esse foi o mês de confusão, gritaria e pancadaria (só que não! Bom, pelo menos a parte da pancadaria… eu acho).
Entre um lindo shoot do Ziggy para a Dress to Kill, fotos do Kevin no “People’s Ones to Watch“, na Premiere de Gracepoint e mais uma entrevista do Ziggy, recebemos a notícia que produção do filme “Cidade das Cinzas” havia sido cancelada.
É isso mesmo, Lightwoods! Para quem dormiu no ponto ou estava em Alicante, e ainda não sabia da notícia: não haverá “Cidade das Cinzas”. A produção decidiu recomeçar e agora TMI vai virar uma série de TV.
Em um post gigante, explicamos também os motivos por acreditarmos que Jemima e Kevin estarão fora do projeto.
NOVEMBRO
Em novembro, Kevin compareceu ao amFAR e ao BAFTA LA.
Gracepoint foi indicado ao People’s Choice Awards.
Um novo trailer de Kidnapping Freddy Heineken foi divulgado, bem como uma promo rápida de Indian Summers.
Des Éclats de Verre (Shattered Glass) foi disponibilizado no youtube e, para nossa felicidade, o diretor Fouad Benhammou permitiu que nossa equipe legendasse o curta em português.
Já a nossa Jemima, que estava sumidinha, teve uma nova foto divulgada ao lado de Fouad Benhammou e Onna Clairin (a roteirista de Shattered Glass).
E para terminar o mês derrubando nossos forninhos, Jemima West (sim, nossa Isabelle) mandou um recado para nossa equipe. (Mylene ainda está demaiada!)
DEZEMBRO
Já dezembro foi o mês da triste notícia do cancelamento de Gracepoint. Sem segunda temporada = Sem Ziggy na TV toda semana.
Kevin Zegers também foi fotografado no TrevorLIVE LA.
E é isso, minha gente! 2014 foi um ano incrível e esperamos que 2015 seja tão maravilhoso quanto!
A todos que nos acompanham, um feliz ano novo! Desejamos tudo de melhor para vocês e que o próximo ano seja repleto de conquistas.
Nossa equipe agradece pelo carinho e amizade desde sempre!
Um beijo enorme a todos.
Equipe Lightwoods Brasil
Por Stefs Lima
E eis que o penúltimo episódio desta temporada de Gracepoint foi tenso, revelador e corrido. Carver e Ellie agora duelam contra o tempo que não possuem a fim de encontrarem o responsável pela morte do Danny. Por mais que vote no Paul, ainda estou com a singela sensação de que as coisas terminarão da mesma forma que em Broadchurch. O twist do season finale – que acontecerá esta semana – precisa ser muito épico, pois, até agora, só consigo somar quem ainda não foi parar atrás da mesa de interrogatório. Se vocês rebobinarem um pouco tudo o que já aconteceu, saberão que, tirando a Beth e a dupla dinâmica, Owen, Kathy, o marido de Ellie nem foram considerados suspeitos.
Carver abriu a trama em meio a mais um surto com relação ao seu estado de saúde. O delírio dele com as crianças foi um chute no estômago e serviu para reforçar a possibilidade do detetive ter mais uma mancha no currículo. Afinal, ele perdeu uma evidência no episódio anterior, um carma que o persegue. De novo, o detetive não escondeu o desespero em concluir a investigação com saldo positivo. Tudo para encontrar um tipo de compensação pela falha no caso Rosemont. A necessidade de vencer vem da necessidade da redenção, porém, o sentimento de impotência é impregnante, até mesmo para Ellie que estava perdida.
Esse impasse do Carver permitiu que Ellie assumisse a liderança do caso, um petisco do cargo que outrora lhe pertencia. O instinto mãezona para cima do parceiro foi sensacional, bem como a dureza em tratar Susan na sala de interrogatório. Por detrás do rosto lívido, havia uma mulher que, de novo, duelava com os próprios sentimentos e crenças com relação às pessoas que vivem em Gracepoint. Pessoas que ela repetiu milhões de vezes que as conhecia. Pessoas das quais a fizeram perder as estribeiras e cutucar Carver por ser contra ao tipo de abordagem adotada na investigação. Agora, o tempo para desvendar esse mistério é limitadíssimo, e a detetive entrou realmente no clima de brigar com o relógio.
Adorei a compostura da detetive ao saber do babado da Susan. Isso provou o quanto ela amadureceu e, querendo ou não, mostrou o quanto aprendeu com Carver. Por mais que tenha o peso das emoções por se sentir ligada a cada cidadão que vive na pequena cidade, Ellie está no auge, saturada, com o peso de um elefante sobre os ombros. Ela é a personagem da qual mais me preocupou em Broadchurch, pois, ao contrário de Carver, essa senhora foi a mais testada durante a investigação, a que mais se viu na corda bamba de não acreditar no que vê. Ellie é a real personagem principal, não Emmett, pois vemos uma mulher politicamente correta e maternal cair em um buraco negro e se forçar a ser cética.
Sobre Vince e Susan, nada sobre os dois me surpreendeu, tudo por causa de Broadchurch. Porém, o efeito foi o mesmo: pura desconfortabilidade. Assim como Ellie, é impossível não pensar que essa doida mentiu sobre o assédio contra uma das filhas. Não acredito nisso, em hipótese alguma. Não engulo gente tapada dentro do próprio lar. Isso para mim não existe. É basicamente a atitude de fingir que não vê, isso sim. Não é à toa que Susan deixou tal dúvida nas entrelinhas – e vazou da cidade assim que teve chance.
Vince também não surpreendeu, mas repetiu o mesmo incômodo da narrativa de Susan. Quem é que tatua o nome de uma criança, que recentemente morreu, sem ter nenhum elo familiar com ela? Se fosse Mark, até entenderia. Contudo, esse mané foi detonado pela suposta mãe ao ser acusado como um possível assediador como o suposto pai. Inclusive, esse cidadão parece meio obcecado e dono de um temperamento nada apropriado. Não acredito que o personagem seja o culpado, pois ainda faltam pessoas a serem interrogadas, mas que ele deve ter algum probleminha de obsessão, ah! tem sim.
Paul continuou a ser tão freak como no episódio anterior, mas provou um pouco da sua inocência ao dedurar Tom e entregar o computador ao Carver. Porém, penso seriamente que o personagem só forçou a barra com o filho de Ellie ou para ter certeza de que não há nada no HD que o incrimine ou, considerando o gosto de estar nos centro das atenções, com o pretexto de ser o responsável em dissolver o caso com uma evidência vital. Isso lhe daria prestígio e crédito com Beth. O que foi aquela passadinha de mão, né? O cara é tão doido quanto Vince.
O personagem do nosso Ziggy voltou a ter um tipo de relevância, mas só por influência de Renee. Contudo, Owen resolveu ser honesto, mas sem deixar a típica petulância de um clássico jornalista ao abordar Carver. Sobre isso, o que o detetive relatou não foi surpresa.
Agora restam poucas evidências e um número grande de impressões. A começar pela amizade entre Tom e Danny, que também será usada para descobrir o que aconteceu e porque o filho de Ellie esteve todo inquieto durante os acontecimentos. Uma das coisas que pensei assim que este episódio começou foi em Sarah, mãe de Owen, que retornou e abriu a indagação: quem dirige a van dos Solano? Assim, de verdade verdadeira?
Tudo aponta para Vince, mas as aparências enganam.
Deixo registrada por antecipação a sensação de que assisti Gracepoint à toa.
Confiram as caps dos episódios de Gracepoint em nossa galeria.
Gracepoint > Screencaptures > Episódio 1×07
Gracepoint > Screencaptures > Episódio 1×08
Por Stefs Lima
Como foi dito pelos produtores de Gracepoint, este episódio também seria um copia e cola de Broadchurch (com exceção das citações constantes às baleias da cidade hahaha). Carver continuou frio, focado e calculista em cada detalhe da investigação de Danny, Miller mostrou mais do seu “grande” defeito que é misturar o emocional com o profissional e alguns personagens começaram a ser pontuados como suspeitos. Contudo, isso não quer dizer – ainda – que são os culpados pelo crime que foi um belo alterador de rotina.
Logo de cara, vemos o pequeno Tom se sentindo culpado por alguma coisa, um fator não só impulsionado pela morte do Danny, como pelo medo de ser pego pela polícia por saber de algo mais, ao ponto de ter limpado os arquivos do próprio computador. Esse é um ponto que estou bem interessada para ver como se desenrolará, pois o personagem rendeu uma ótima tensão em Broadchurch. Vejam bem, estou desesperada para ser surpreendida com as prometidas mudanças no roteiro e ele é o filho da Miller. Espero que esse viés tenha passado por uma reescrita (bem como outros pontos levantados na versão britânica) genial.
Este episódio deu algumas dicas do que está por vir para o personagem do Tennant. Como disse na resenha passada, o passado do detetive é um tanto quanto interessante, tanto no âmbito pessoal como no profissional. Foi bem agoniante vê-lo passar mal. A cena do banheiro com aquela seringa me tirou do juízo de novo por não ser a mais fã de agulhas. É possível que esse background traga nosso Kevin para o cerne da trama, vimos Renee empenhada em ter sua grande matéria, e Owen não tem interesse algum de ficar empacado no jornalzinho pacato de Gracepoint. Literalmente, será um trabalho de sanguessugas com dois focos.
Por mais que a aparição do Owen tenha sido curta e sem objetivo neste episódio, acho que podemos esperar um maior destaque no próximo episódio por meio do passado do Carver.
“These people are all your friends”
O episódio pegou mesmo para Ellie que ficou presa ao conflito de agir e pensar como detetive, um posicionamento toda hora comprometido por se deixar levar pela desculpa de que conhece todo mundo. Na mente dela, ninguém de Gracepoint cometeria uma brutalidade contra a criança de uma família que todo mundo conhece. Miller não conseguiu se desligar e Carver não perdeu nenhuma chance de açoitá-la. Com toda razão, claro, pois uma investigação exige sangue frio, algo que a detetive ainda não tem maturidade para agarrar. Com Gemma, ela foi extremamente afável, passou a mão na cabeça e ri – de novo – da reação do Carver com a atitude dela. Enquanto o detetive parece um pé no saco por causa da obstinação em encontrar o assassino do Danny, Ellie peca por não conseguir ser imparcial. Um combate pessoal que começa a ganhar um pouco mais de destaque.
A prova disso foi Ellie na casa dos Solano. Ela fazia um tremendo esforço para não desmoronar diante da família. A pergunta sobre o funeral foi o suficiente para a personagem duelar com a vontade de ser amiga ou detetive. Ela não conseguia falar “corpo” e nem “evidência” sendo que, por ser quem é, essas palavras deveriam deslizar como música pela sua língua.
Carver e Miller tem o mesmo atrito de Broadchurch e, pelo visto, terá o mesmo objetivo: fazer a detetive endurecer por meio de socos no estômago ao ver que ninguém de Gracepoint é santo. Só neste episódio, o tease da pauta sobre moralidade foi o bastante para tirá-la do eixo. Isso porque é só o começo da investigação. Pirei com os surtos do Carver para cima dela ao cobrar mais atitude e menos lamúrias. Uma das cenas-chave de ambos que enfatizou isso foi na hora do break na sala do Carver. Ele a aconselha que é necessário desconfiar e ela rebate pelo emocional por se sentir acima dele por conhecer todo mundo. Isso é só o começo desse mar de emoções que tornará a dinâmica desses detetives mais dramática de assistir, especialmente para Miller que tem muito que aprender para honrar o distintivo.
A investigação ganhou uma entonação mais densa, o que fez alguns personagens levantarem algumas sobrancelhas. Meu conselho é: não acreditem em tudo que veem. Não achem que Susan causou a morte do Danny por ter o skate ou em Mark que terminou com as digitais pregadas na casa que foi dita como palco da morte do menino. Ou no padre que deu um abraço muito íntimo na Beth no porta-malas do carro. São provocações. Se o remake americano respeitou a inteligência do britânico, haverá muitos reveses justamente porque o foco agora é confundir. Para isso, muitos segredos serão tirados debaixo do tapete para descontruir a impressão de que Gracepoint é um lar perfeito de pessoas perfeitas.
O exemplo desse episódio foi Gemma. Ela foi a primeira a reclamar do turismo e deu lição de moral sobre como se comportar. Boa samaritana só que ao contrário a partir do momento que Chloe a denunciou como a causadora do porte de cocaína.
É só o início dos babados. Situações como as de Gemma virão aos montes e baterão na Ellie, não no Carver. A cada passo dado na investigação, a detetive verá todas as suas crenças desmoronarem pouco a pouco. Esse é um dos pontos-chave do roteiro dessa série. Essa descoberta de que nem tudo é perfeito. Que uma comunidade tem sim as maçãs podres.
Nisso, temos os Solano. A família modelo. Beth parecia a única que realmente sofria pela perda de Danny, mas o sentimento foi intensificado por causa da gravidez. A mulher estava no limite da negação e trincou a redoma de perfeição com a lista de suspeitos. Amigos, babás, professores, etc. Uma realidade que Ellie nunca viu, bem como todos que moram em Gracepoint. Afinal, quem coloca amigo como suspeito? Além do assassinato, o que torna a escrita dessa série formidável é a abordagem do caráter de cada personagem. Mark Solano foi o primeiro de muitos a ser emparedado por Carver, com todas as impressões de ser o culpado.
Para concluir, outro ponto que foi abordado em Broadchurch e que foi resgatado em Gracepoint foi a religião. Temos o catolicismo e o espiritismo. Duas fés diferentes. Outro motivo de discussão para os detetives, pois Ellie tem fé demais e Carver é cético ao extremo.
Os segredos da população de Gracepoint começarão a vir à tona e Mark Solano foi o primeiro. Se a storyline dele for a mesma, esperem para se indignar um pouquinho mais. Até parece que o nome de um amigo seria esquecido tão rápido, né? Cara de pau!
Assim como o piloto, não há muito que dizer sobre este episódio. Estou à espera das diferenças.
Situação da investigação: diário do Danny e as digitais de Mark.
– Por Stefs Lima.
Cá estamos com a resenha da season premiere de Gracepoint e não sei muito bem o que dizer. Afinal, o que assisti foi totalmente a mesma coisa que vi no piloto de Broadchurch. Antes que surtem, os produtores já haviam avisado que os dois primeiros episódios seriam um copia e cola. Então, tive que me desligar da influência da versão original para tratar a versão americana como algo novo, justamente para ter o que comentar com vocês.
Por mais que soubesse que o piloto seria semelhante ao da versão britânica, é meio difícil não querer fazer comparativos. Por isso, para evitar qualquer barraco e confusão, esta resenha tem muito a ver com a experiência de revisitar um solo conhecido, com a diferença de estar diante de pessoas novas.
A premissa de Gracepoint seguiu pelo mesmo caminho de Broadchurch, como meio mundo já sabia (ou deveria saber). Danny Solano (que antes era Latimer) é encontrado na praia, morto. À primeira vista, um suicídio que passa a ser visto como um homicídio. Um crime atípico para uma cidade pacata, onde todo mundo se conhece e tem um elo de confiança muito bem fomentado. Lá, todo mundo, em tese, sabe o que fulano faz, pra onde vai e de onde vem. A abertura em si foi essencial por mostrar Mark Solano, o pai, cumprimentando os conhecidos que agora passarão a ser suspeitos. É nesse momento que vemos a dinâmica dos personagens, a empatia deles um com o outro, para medirmos daqui alguns episódios o quanto essa vibe de boa vizinhança será destruída por causa da investigação.
Estou autorizada a ser fangirl do David Tennant, pois não conseguiria deixá-lo de fora desta resenha – e nem tem como. Quando ele apareceu, meio que surtei. Sou suspeita para falar de qualquer trabalho que o envolve, especialmente quando encarna personagens complexos, centrados e frios. Sempre é um deleite porque o ator se entrega. De novo, Tennant deu um show. Emmett é desse jeitinho mesmo por motivos que não posso falar. O detetive rendeu grandes cenas de tensão e foi ótimo reviver isso em Gracepoint. Amo as expressões de poucos amigos e o distanciamento da comunidade que o detetive não faz questão de esconder.
O mesmo vale para a Anna que me convenceu à primeira vista no papel de Ellie. Ela tem um Q de mãezona. A detetive é muito marcante por não saber como desligar o emocional e a atriz conseguiu transmitir essa dificuldade. Como foi visto no piloto, Ellie não trata os vizinhos com frieza e nem os encara como suspeitos. Espero que a personagem americanizada tenha uma jornada igualmente interessante por causa desse conflito moral.
A dinâmica dos dois detetives em Gracepoint foi ideal. É esse o ritmo no meio de uma problemática que os produtores prometeram que será diferente. Só com o tempo para captar as divergências entre a dupla. Por enquanto, deu para querer arremessar um sapato no Carver por ser tão arisco, o que combate a afabilidade de Ellie. Nisso, não tenho do que reclamar, pois o chavão desses dois personagens é acarretar o conflito profissional x pessoal, onde um não conhece a comunidade e trata geral como um pedaço de bife enquanto o outro tenta amenizar o drama por se tratar dos seus amigos.
Digamos que todas as cenas foram repetidas, mas preservaram a dramatização da versão britânica. Esse era o ponto que muito me preocupava. A série possui um trabalho de edição que é impossível de esquecer. No caso, o peso atribuído para algumas cenas que transcorrem com mais lentidão para dar foco aos pequenos detalhes. Um cuidado que reforça o peso da situação. Quando vi isso acontecer, qualquer resmungo que poderia dar foi aniquilado. As expressões duras de Carver e as emocionais de Ellie atreladas ao drama da família mexeram comigo da mesma forma que aconteceu em Broadchurch. Eu fui arrematada pela série na repetida corrida de Beth no meio do trânsito. Parecia que era a primeira vez que a via. Acho que doeu um pouco mais por saber o que havia no final da linha. Foi nessa cena que o trabalho de edição de Broadchurch foi preservado no remake.
O que veio depois foi uma reprise muito bem conduzida. Os antagonistas assumiram as mesmas posições que em Broadchurch. Aqui, o maior exemplo é o do Kevin, o enxerido do Owen. Devo dizer que detesto o personagem, pois se é uma coisa que me irrita é jornalista na ficção (e eu posso falar mal deles porque pertenço a classe hahaha). O pouco da insolência dele veio à tona, bem como a reação diante da hostilidade do Carver depois de ter publicado o que não devia. As similaridades entre esses dois homens vêm da insatisfação de atuar em uma comunidade pacata. Ele lida com pautas do cotidiano da vizinhança, da mesma forma que o detetive acha terrível ser acordado cedo por causa de um dilema que pode ser resolvido sozinho. O jornalista quer ascensão e encontrará essa oportunidade em Renee, a recém-chegada em Gracepoint. De novo, a atitude dele em soltar o furo jornalístico sem se preocupar com as emoções da família me tirou do sério. Isso tende a ser só o começo, ok?
Momento fangirl: eu fiquei muito, muito, muito feliz pelo Kevin ter conquistado essa oportunidade, pois isso queria dizer que ele estaria de cara com o Tennant. Ao vê-los em cena, gritei que nem uma condenada. Por saber que o detetive e o jornalista possuem altos atritos na trama, ansiei desesperadamente pelo momento em que veria os dois em cena. Se eu estivesse no papel do Ziggy, teria chorado horrores com aqueles berros estridentes que fez Owen sair de cena com o rabo entre as pernas. Eu surtei!
Ignorando que o piloto foi uma cópia escarrada do que já rolou em Broadchurch, me senti diante de uma história nova. Ela continuou a mexer comigo, como se fosse a primeira vez. Tennant estampou a série, assumiu Carver com o mesmo empenho (bem que tentou tirar o sotaque, mas vi o esforço de segurar a puxadinha no R) e, como de praxe, é muito difícil julgar o piloto.
No caso de Gracepoint, a ideia é ter um norte diferente, mas teremos que ser pacientes, especialmente para quem assistiu a versão britânica. O que posso dizer é que esse pequeno teaser me fez querer mais. O trabalho está impecável. O remake se manteve envolvente, dramático e intenso. É raro ver uma cópia sair perfeita e, nesse caso, ao menos por enquanto, Gracepoint fez jus à Broadchurch. Muita paranoia vem aí!