Confiram as caps dos episódios de Gracepoint em nossa galeria.
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Por Stefs Lima
Esta semana em Gracepoint só teve babado e confusão. Juro que estou bem a fim de dar um tapa na orelha do Tom por ter sido um belo engraçadinho. Como é que se faz isso com a rainha Ellie? Esses pentelhos de hoje em dia, vou-lhes dizer. O cidadão foi responsável em deixar a trama emocionante, cheia de tensão, e pesou um detalhe que começou a acometer com mais força a população dessa cidade que de pacata não tem mais nada: paranoia. A morte do Jack fez todas as emoções aflorarem e o sumiço de Tom enraizou o sentimento de insegurança e a consequente sensação de que ninguém é confiável.
O foco na família de Ellie foi justificável, especialmente por contrabalancear os sentimentos que ainda perturbam os Solano, que mostrou o desejo de retomar a rotina enquanto a investigação transcorre. Além disso, a mídia voltou a exercer o seu papel, situando a saideira de Renee depois da morte de Jack e focando os esforços de boicotar Carver. Vale o lembrete que foi o sensacionalismo que abalou as estruturas de Gracepoint e não a investigação em si. O jornalismo, para tentar se inocentar, apenas distorceu quem foi o “culpado” nisso tudo. Um comportamento típico de sair pela tangente, não tão distante do nosso dia a dia.
A trama abriu com os reflexos da morte do Jack na comunidade. Isso rebateu na investigação de Danny que agora se encontra em uma posição delicada por estar desacreditada, ao ponto de perder o orçamento e ameaçar a liderança de Carver dentro do caso. O funeral foi meio caminho para os detetives fazerem de novo uma pequena apreciação a fim de encontrar alguém com um comportamento estranho. Nada como todo mundo reunido em uma salinha.
Quem chamou a atenção mais uma vez foi Paul, o personagem que tem se tornado meu suspeito número um. De novo, o padre amou ser o centro das atenções da mídia, se vangloriando de muitas coisas feitas em Gracepoint a favor de Danny e, mais tarde, da importância do papel de Mark na busca por Tom. Sem contar o sermão que foi um novo recado para Carver, o que contribuiu para aquecer os ânimos entre os dois. Eu quero esse personagem na mesa de interrogatório, algo que é bem provável que aconteça, pois temos episódios a mais. O detetive deixou muito claro neste episódio que não há mais tempo a perder e que todo mundo precisa ser chamado para ter os álibis confirmados.
A doença de Carver também recebeu atenção e, de quebra, trouxe Julianne, a filha. Foi muito awkward esse momento, né? Juro que temi que ela fosse dar com a língua entre os dentes para alguém da delegacia, embora tenha ficado com essa impressão do mesmo jeito quando, subitamente, a menina se mandou. Com a aparição dela, soubemos que a situação do detetive é grave. É do coração que estamos falando, um ponto que o fez bambear no funeral de Jack e sair aos tropeços para não chamar atenção. Agora que estamos bem próximos do final da temporada, o personagem está no limite da razão, pois há aquela pressão de não deixar a investigação de Danny inconclusiva, como em Rosemont.
Achei bárbaro o posicionamento dele para cima de Joe, pois é fato que pensar no lado ruim das pessoas não passa de uma verdade. Como o povo de Gracepoint vive numa bolha de falsa perfeição, pessoas como Carver, que apontam o dedo para todo mundo, sem um pouco de respeito requerido, é de deixar qualquer um desconfortável. Até o assassino.
Quem também estava no limite da razão foi Ellie por causa do desaparecimento do Tom. Anna merece todos os elogios por este episódio. Atuação forte, intensa, estridente e de quebrar o coração. Chorei largada com o abraço que Beth dá nela, um momento de cumplicidade entre as duas que, aparentemente, estão na mesma situação. A cena da sala de interrogatório, na companhia de Carver e do mochileiro, foi de arrepiar. Aquele berro em tom de ameaça foi poderoso demais. Ellie acabou conflitando o emocional e o profissional e, dessa vez, Carver entendeu por ser um caso pessoal. Ela perdeu as estribeiras, trazendo uma mudança grandiosa para a personagem que saiu da eterna e suposta moleza e passividade. Adorei!
Antes tarde do que nunca, o mochileiro foi para a salinha pagar suas penitências. Juro que dei risada quando Ellie o vê comendo um hambúrguer, feliz da vida, e depois exigindo batata-frita. Isso só provou o quanto esse personagem é doidinho da silva. Ele foi responsável em elevar não só a atuação da Anna, como do Tennant, por ser visto como testemunha-chave. Ou até mesmo o culpado. Lars foi responsável em trazer para a mesa as evidências do começo da temporada, como o telefone e o fato dele ter se encontrado com Danny, como Jack bem descrevera. Sem provas de que matou o menino, o mar de impossibilidades se abriu entre o detetive e a resolução, pois o mochileiro deu a entender que não teve nada a ver com isso.
Por outro lado, Lars ajudou a confirmar a tese de que Danny não era um anjinho. Ele manjava muito, ao ponto de usar dois celulares para que nenhuma ligação fosse rastreada. Ele queria conhecer lugares e isso me fez pensar, se não tivesse o cadáver, que o menino teria facilmente vazado da cidade. Quem apresentou uma rebeldia parecida foi Tom, que tem agido estranho desde que o amigo morreu, ao ponto de vasculhar a bolsa da mãe e entrar em contato com o mochileiro. Não é à toa que o filho de Ellie foi atrás de Lars, por qual motivo ninguém sabe.
Outros momentos pertinentes
Vince e Susan, um desconforto que virou ameaça de morte. Por saber do babado, e não esperar nada de diferente, já nem tenho expectativa.
Quem também deu o ar da graça foi Raymond que contribuiu para mexer ainda mais com as emoções de Beth. Além de prever o que tinha acontecido com Danny, agora o homem avisa que Tom está em apuros e sangrando em algum lugar.
Quem anda me deixando desconfortável é Kathy, a editora-chefe do jornal de Gracepoint. Essa amabilidade dela me deixa desconfiada. Porém, a presença dela foi muito pertinente para mostrar o quanto as pessoas dessa comunidade não facilitam. A jornalista achou que Ellie daria prioridade na treta dela com Susan, um pedido que, supostamente, deveria ser levado para o lado pessoal. Tive que rir com a cara de pau desse povo, né?
E o episódio termina com uma evidência: a bicicleta do Tom. Será que isso é um sinal de que as coisas daqui para frente realmente serão diferentes em Gracepoint?
Audiência: Dos 2.98, houve um aumento tremendo de 3.49 milhões de telespectadores.