Matthew Daddario concedeu uma entrevista à 1883 Magazine e nossos parceiros do Matthew Daddario Brasil traduziram para vocês. Confiram:
Conforme crescia, atuar foi a única coisa que você se via fazendo ou você faria alguma outra coisa agora, ao invés de atuar?
Matt: Atuar era mais uma coisa da minha irmã, eu apenas me interessei por isso através dela. Por um tempo, minha mãe me levava para fazer audições como um modo de construir habilidades de falar em público e me dar confiança quando falo na frente de outras pessoas. Eu não gostava muito porque estava assustado com aquilo e achava meio que aterrorizante. Eu tinha outras coisas na minha cabeça e não foi até eu ser um pouco mais velho, com 18 ou 19, que eu voltei para a atuação.
Se você pudesse voltar e dizer algumas palavras de conselho para você mais novo, quais seriam?
Matt: É fácil dizer, ‘Eu deveria ter feito isso ou aquilo’ mas, contando com a informação que era disponível para mim naquela época, eu acho que eu fiz boas decisões. Então, eu diria, talvez, que eu devesse ter me focado um pouco mais nas coisas que me fazem feliz e menos naquilo que irá me guiar para uma carreira mais clássica ou de sucesso.
Qual é seu artista favorito ou influência, de qualquer gênero?
Matt: Eu acho que pessoas que gostam de arte e esse tipo de coisa não são pessoas, nem perto, similares a mim. Por exemplo, eu realmente gosto do Jimi Hendrix, e ele é o cantor mais legal. Eu não gosto de violão e eu não sou, particularmente, musical, mas eu acho que Jimi Hendrix é apenas o melhor. Em outro gênero, eu acho que Picasso é muito bom em representar uma pessoa que era absolutamente surpreendente como um artista, então ele se afastou da arte clássica e criou algo completamente novo, o que é surpreendente.
Então, qual seria o seu álbum favorito do Jimi Hendrix?
Matt: Oh cara, quando eu tinha 16 anos um amigo meu me deu essa coleção antológica. Eu não consigo lembrar como era chamada, mas tinha todas as melhores músicas, algo como 100 músicas de todos seus álbuns, incluindo algumas músicas novas que eu nunca tinha escutado antes. Eu acho que escutar aquela coletânea foi uma exposição a música como eu nunca havia tido antes. Eu lembro de escutar a música ‘Red House’, a qual eu acho que é absolutamente perfeita.
Quais são as principais diferenças entre ‘Shadowhunters’ e seus filmes anteriores?
Matt: Sabe, eu nunca tinha feito nenhuma gravação em set para TV, anteriormente, mas eu nunca tive muita certeza em quais eram as principais diferenças entre filmes e TV, excluindo as coisas óbvias como escala e a duração de tempo que leva. Mas, TV é diferente, e pode não ser apenas nesse caso. É realmente sobre o tempo que você passa com o personagem. Torna-se tão envolvente que não há escapatória; Se você passa meio ano em um personagem é oposto a um filme, quando é mais provável que irá passar 3 ou 4 meses e ao mesmo tempo fazendo muito mais material, parece que você está criando algo mais real, e que tem menos fingimento. Em uma série de TV é mais fácil ter esse crescimento contínuo, enquanto em um filme, que é uma pequena história que usa um pequeno período de tempo, apresenta um crescimento contínuo devagar. Você tem um momento do tempo da vida da pessoa, e você está interpretando aquilo por várias semanas e meses e em uma série de TV você passa por grandes segmentos, então, na minha perspectiva, é divertido fazer ambos, mas eles são coisas totalmente diferentes.
O que, até agora, tem sido seus momentos preferidos da série – dentro e fora das câmeras?
Matt: Eu gosto de assistir todos os outros. É divertido porque, uma das minhas preocupações antes de começarmos, foi que seria seis meses de filmagem, e o que aconteceria com você se todos fossem idiotas e você não gostasse deles. No nosso caso, felizmente, nós todos gostamos um dos outros, então se tornou uma experiência muito boa. Foi fazer algo com os meus amigos e foi muito agradável não ter que se preocupar com nenhum conflito pessoal. Tornou-se seis meses muito divertidos onde todos nós estávamos trabalhando e apoiando um aos outros. Você fica exausto sim já que é muito trabalho, mas eu nunca me encontrei dizendo ‘Cara, eu mal posso esperar para isso acabar’, na verdade, eu fiquei muito triste quando acabou.
Muitos atores afirmam que assistir a si mesmo na tela é uma experiência surrealista e insuportável, como isso é para você?
Matt: Algumas vezes eu vou assistir e pensar ‘oh cara, eu não posso ver isso,’ mas não sempre. Eu acho que eu sempre assisti a mim mesmo para ver o que estou fazendo e no que posso melhorar, então eu não acho estranho. Pessoas podem não querer assistir por estarem, possivelmente, assustadas com o que eles fizeram, o que nesse caso é aceitável, mas eu não penso muito nisso. Eu assisto a mim mesmo toda terça-feira ao vivo, então estou meio acostumado com isso.
Você realmente leu os livros de ‘Os Instrumentos Mortais’ antes do seu papel?
Matt: Anteriormente não, mas eu comecei a lê-los imediatamente depois que peguei o papel e li os dois primeiros e então o terceiro eu lia e parava enquanto filmávamos. Eu também fui exposto a muito material online, já que existe muito material dado pelos fãs, tudo da sua resposta pessoa a história e aos personagens, coisas que eles encontrar em suas imaginações, o que pode ser muito criativo algumas vezes.
O que atraiu você para o papel de Alec Lightwood? O que havia nesse personagem que você pode criar uma empatia e realismo a ele?
Matt: Eu gosto do Alec porque ele é meio que uma pessoa extraviada. Ele tem muitas preocupações e ele está sempre preocupado com o bem-estar dos outros. Ele passa uma boa parte do seu tempo pensando sobre sua família e seus amigos e uma parte não tão grande pensando no que ele quer. Então, ele é um indivíduo muito benevolente; contudo ele sofre as consequências dessa perda de o que ele precisa e quer, e como resultado ele é o tipo de líder fechado, que acha que está fazendo a coisa certa o tempo inteiro, mas não percebe que a falta de reflexão interior guia a fracas decisões. Então, foi muito legar ter um personagem que, conforme a temporada se desenvolveu, foi lentamente saindo dessa visão atrofiada. Nós vemos esse pequeno e lento crescimento durante a temporada e na próxima temporada, eu espero levar isso mais adiante.
Antes de ‘Shadowhunters’ você fez filmes de terror e romance. Como foi a transição para fantasia?
Matt: Não é tão diferente, porque o núcleo de tudo são várias pessoas, existem vários tipos de personagens e criaturas, mas ainda são pessoas e as preocupações são primariamente humanas. Então, as regras de graças sociais e interações ainda são as mesmas enquanto contamos histórias humanas apenas usando diferentes dispositivos, então eu não achei tão diferente. Ocasionalmente, eu dou risada quando, algumas vezes, você está falando com um lobo…. Caçadores meio anjo e meio demônio, e realmente parece um pouco absurdo, mas você coloca essas coisas no canto da sua mente…você trabalha com o mundo como ele é e vai com isso. Há momentos quando nós revisamos e dizemos que é divertido e excêntrico, mas você percebe que o núcleo de tudo é humano.
Falando sobre ser humano, algumas vezes, como fãs, podemos esquecer que nossos ídolos são simples humanos também. Quais são os seus ídolos e você conheceu eles?
Matt: A regra é nunca conheça o seu ídolo, e assim, quando você encontrar alguém que você tem idolatrado, eu sinto como se você só vai ficar decepcionado por encontra-lo. Então, com paixão, eu evito ficar perto de certas pessoas. Por exemplo, eu realmente gosto do Patrick Stewart e Ian McKellen, e eu gostei deles durante a minha vida inteira, então eu fui ver a performance deles em Nova Iorque, que foi fantástica. Minha namorada queria ir e esperar no lado de fora, e talvez ver eles, mas eu disse ‘de jeito nenhum’, porque eu tenho medo que eles me decepcionem de alguma forma. Isso é insano, mas apenas é assim. Eu tento evitar conhecer pessoas, então eu evito a maioria das pessoas que eu idolatro. Eu ficaria muito nervoso conhecendo eles, para ser honesto!
Tornando isso para as suas próprias fãs, você teve algum encontro divertido ou estranho com elas?
Matt: Eu tive alguns, eu penso nas minhas fãs sendo, a maioria, mulheres novas, e recentemente eu estava andando para casa depois de jogar futebol, e duas jovens mulheres e um jovem homem muito animado – não o tipo de pessoa que eu assumiria que assistiria ‘Shadowhunters’ e eu achei isso muito divertido. Na maioria das vezes as pessoas são muito legais. Online as pessoas têm um tipo de anonimato então eles falam coisas estranhas… algumas vezes eu acho que todos são um bando de estranhos. Eu conheci alguns na Disneyland outro dia, eu tinha alguns ingressos extras e eu passei dois deles para duas meninas…elas pediram por uma foto e foi bom ser reconhecido. É legal ser reconhecido, mas dentro de certos limites. Pessoas parecem ficar cansadas disso, mas por enquanto eu acho que é muito doce.
Como é ter uma legião de fãs?
Matt: É doce, eu não penso muito sobre. Elas gostam do meu trabalho e eu estou, basicamente, trabalhando para eles, quando eles sentem algum amor pelo meu personagem e eles estão tremendo e gritando, me mostra que algo está sendo feito certo. Na maior parte, eles são pessoas composta e eu não conheci tantas. Eu conheci eles na Comic Con, mas na maior parte eu estou apenas levando como parte do meu dia. Eu acho que pode ficar estranho. Eu não encontrei nada assim ainda. Talvez um dia.
O que você faz para se manter ocupado e escapar do trabalho?
Matt: Imediatamente, depois de filmar, você tem tempo de ler muito e assistir TV, viajar e esse tipo de coisa. Então tem este período de calmaria, entre o trabalho você faz audições novamente. Eu tento escrever, montar alguns roteiros, falar com pessoas sobre outros projetos e o que poderíamos estar filmando. Você tem tempo livre então tem que achar coisas para fazer – infelizmente, o trabalho parece não render quando você tem tempo livre! Parece que você faz mais coisas quando você está trabalhando!
Junto com a entrevista, a 1883 Magazine liberou um novo photoshoot maravilhoso, que foi adicionado em nossa galeria: