Matthew Daddario concedeu uma entrevista para o site RAW, onde comentou um pouco sobre sua escolha de ser ator e sobre como gostaria de ser lembrado. Confiram a tradução:
RAW: Como foi crescer no Upper East Side, em Nova Iorque?
Matthew: Eu amei, mas, para ser honesto, também perdi muita coisa. Você não tem a experiência completa. Eu não sabia que líderes de torcida eram reais, você entende o que eu quero dizer? Em filmes, existem essas líderes de torcida. Tem um monte delas fazendo coisas que líderes de torcida fazem. Eu não sabia que isso realmente existia, eu pensava que era só nos filmes.
R: Como Nova Iorque te moldou como pessoa?
M: Eu adquiri um senso de autonomia quando era bem jovem e nunca quis que fosse tirado de mim. Isso faz sentido?
R: Seus pais são advogados e você estudou Administração. Então você e sua irmã, Alex, entraram na carreira artística. Seus pais ficaram apreensivos com isso?
M: Não, Alex começou a atuar ainda nova, ela sempre quis isso. Ela já era ótima quando criança, então entrou nesse meio. Nossos pais apenas nos disseram: “não sejam advogados”, então eu fiz algo que supus que iria gostar.
R: Teve algum filme ou série de TV que fez você pensar “oh, eu quero ser ator”?
M: Sim, teve! Mas eu não vou dizer qual, porque não quero inflar o ego deles.
R: Quão orgulhoso você está de sua irmã Alex e do sucesso dela?
M: Incrivelmente orgulhoso. Ela se tornou bem sucedida em um negócio onde as chances de falhar são maiores do que nós pensamos. Ela está fazendo um trabalho incrível. Ela cresce cada vez mais e isso é incrível.
R: Como você define sucesso?
M: Sucesso é… você pode ver isso de várias formas. Algumas pessoas acham que é quando finalmente são ovacionadas por um público de fora ou talvez quando atingem algum objetivo. E isso é legal se você baseia seu senso de sucesso em determinado objetivo, e quando o alcança traça uma nova meta. É aquilo que te mantém feliz por um longo tempo porque sabe que no fim sempre encontrará felicidade. Então se o sucesso gera felicidade, você está bem sucedido. E se seu sucesso não te faz feliz, então você não é realmente bem sucedido.
R: Seu personagem, Alec, luta muito com sua sexualidade. Que conselho você poderia dar a alguém que está nessa jornada para descobrir quem são como pessoa?
M: Honestamente, eu não posso dar um conselho específico exceto que, talvez, nesse cenário, você não esteja confortável por sentir que há alguma ameaça externa, mas quem você é, na verdade, é aceitável. Contanto que você não esteja prejudicando outras pessoas diretamente, não há percepção de danos. Não é tipo “Oh você está me prejudicando por ser quem você é.” Não! Se você não está prejudicando ninguém, ser você mesmo é quem você deve ser. Então não tenha vergonha disso.
R: Malec tem um relacionamento que os fãs se apegaram desde o começo. Por que você acha que isso ressoa tanto neles?
M: Sinceramente, acho que há vários motivos, mas o apelo maior não é o fato de Malec ser um casal que eles se identificam porque não veem muito esse tipo de casal por aí. Há muitos elementos que são importantes para uma população que pertencem a um tipo de minoria. Também gera apelo porque as pessoas se enxergam nos personagens. Eles se enxergam nesse jovem rapaz que está lutando contra aquilo que ele é e erguendo barreiras para que as pessoas não entrem. Ele é reservado. Ele se esconde tão bem dele mesmo quanto se esconde para outras pessoas. E então tem esse outro rapaz que já experimentou muitas coisas que realmente o machucaram e o fizeram erguer barreiras para que ele pudesse se esconder e não discutir sobre elas. E eu acho que nós vemos partes de nós mesmos nisso. Agora, e eu posso estar apontando isso como um completo idiota, acho que é isso o que move as coisas, e eu acho que nós estamos tentando trabalhar da melhor forma possível para afastar toda negatividade que algumas pessoas compartilham, e mostrar toda afeição e amor através da conversa, o diálogo que traz felicidade e luz, e essa é uma coisa maravilhosa.
R: Nós podemos esperar que o relacionamento Malec se torne mais forte nos episódios futuros? O que você espera para o futuro de Malec?
M: A trajetória Malec é uma constante subida. O amadurecimento e o relacionamento que nós vemos sempre está em um progresso positivo. Se houver algum conflito acontecendo, isso é bom pois fará que o relacionamento cresça e se torne mais forte e profundo. Eu espero ver mais disso no futuro, mais conflitos pequenos com mais discussão. Mais honestidade. Mais realidade. Mas você não verá eles terminarem. De forma alguma. Gostaria de vê-los trabalharem juntos, naquele tipo de relacionamento sólido onde os dois estão operando juntos. Não apenas o drama disso, mas sim a doçura disso. Ver os dois fora de casa, talvez em um ambiente de trabalho. Seria algo legal de ver.
R: Qual tipo de poder da série você gostaria de trazer todos os dias para sua vida real?
M: Oh, eles não comem. Então seria tipo – não, não, eu gosto de comer. O que eu estou falando? Eles parecem ótimos o tempo todo. Eles não parecem trabalhar. É, eles parecem ótimos o tempo inteiro, eu não acho que eu queira algo assim… Eu não sei qual poder deles eu quero. Eu estou feliz sendo apenas humano! Eu não acho que estou pronto para ser um caçador de sombras. Eu gosto da minha mortalidade e todas as partes quebradas. É bom. Talvez se eu pudesse me curar sempre. Isso seria ótimo.
R: Você tem escrito alguns roteiros. Qual é o seu favorito?
M: Há um sobre um garoto de Los Angeles, que está um pouco perdido em seu propósito e acaba no meio de um crime dramático. É engraçado, divertido, um pouco incomum… Eu não gosto de falar dos meus roteiros.
R: Você está na indústria há aproximadamente cinco anos. Quais lições importantes que você não sabia quando começou?
M: Seis anos! Tudo o que sei agora, não sabia quando comecei. Isso é um negócio, mas você também é recompensado quando trabalha duro em todos os outros negócios.
R: Você e sua namorada, Esther, estão juntos há anos. Como foi o primeiro encontro de vocês?
M: Boa sorte! Eu irei contar para vocês depois.
R: Onde foram no primeiro encontro?
M: Havia um lugar legal com tequila.
R: O tópico do casamento já surgiu?
M: Próxima pergunta.
R: Ter filhos já passou pela sua cabeça?
M: Sim, claro! Eu quero ter filhos. Você está louco? Eu quero ter três.
R: Meninos? Meninas?
M: Meninos e meninas.
R: Vamos ser diretos aqui. Houve algum momento em que esteve em uma fase obscura da sua própria? Uma fase onde não havia uma luz no fim do túnel?
M: Claro. Todo mundo já teve, exceto aquelas poucas pessoas que não compreenderam, mas eu não tenho realmente uma resposta para você. Eu acho que você apenas segue em frente, e você sempre vai dizer coisas engraçadas na hora. Tipo, “oh sim, saia mais. Faça isso!” Mas não é bem assim. Você precisa encontrar a fonte do problema e trabalhar nisso.
R: Se você pudesse ser lembrado por apenas uma coisa nessa vida, qual seria?
M: Sabe aquela citação que você sempre vê? Tipo, um homem morre duas vezes. Uma quando morre e outra quando alguém diz seu nome pela última vez. Quando eu era jovem… Eu ainda sou jovem, então eu realmente não sei. Então de novo, tudo o que eu digo, quem se importa? Mas você sempre quer ser lembrando. Então é uma coisa muito importante porque você lê sobre as pessoas do passado. Eles fizeram essas coisas maravilhosas, mas, realmente, eles eram apenas pessoas e nós não vemos todas as partes deles que poderiam ser chatas ou todas as partes em que eles eram estranhos ou diferentes. E, realmente, não há uma pessoa perfeita.
Eu gostaria de ser lembrado por ser bom. Por não prejudicar pessoas. E ao mesmo tempo eu quero ser lembrado por fazer coisas importantes que afetam positivamente as pessoas. Você aprende sobre Neil Armstrong, a coisa mais legal possível – todos eles, todas as pessoas antes de nós nesse lugar. Mas o que Neil Armstrong fez? Ele foi o primeiro homem a pisar na lua, mas ele foi selecionado. Você sabe, eu acho que eles fazem disso uma piada. Um macaco foi para a lua primeiro, mas você não fala sobre macacos.