Hoje ensinarei vocês a lidarem com um problema muito comum (assim espero) entre pessoas que são usadas como flechas de Valentine ou qualquer psicopata com sede de poder: ter mais de um pai.
Como imagino que a maioria das pessoas saiba, até os 10 anos fui supostamente criado por Michael Wayland. Com a tal morte do meu adorável pai, fui enviado para o Instituto, onde passei a ser criado por Robert e Maryse Lightwood, meus pais desde então.
Já na adolescência, descubro que meu pai, na verdade não é Michael Wayland. Na real, eu nem conheci Michael Wayland, e fui criado por Valentine Morgenstern – o odiado Caçador de Sombras com ideias revolucionárias, que apenas ele achava legal. Com tal notícia, ganhei uma família que realmente não precisava: mãe, pai e irmã, pessoa que amava, mas era impedido de dar um flau pelos laços de parentesco.
No meio de uma reviravolta, descobri que meu pai vivo que se passava por um homem morto também não era meu pai, e o meu pai de verdade, Stephen Herondale, estava morto.
Entenderam? Minha vida é mais confusa que o quarto da Isabelle, e isso não é um elogio.
E como se não bastasse toda essa confusão, preciso compartilhar com vocês uma coisa meio trágica, que me dei conta essas dias: ser meu pai é assinar atestado de óbito.
Michael Wayland => Morto
Valentine Morgenstern => Morto
Stephen Herondale => Morto
Robert, é melhor você tomar cuidado. Só estou avisando, Raziel não curte muito meus pais.
Agora chega de enrolação e vamos ao que interessa. Se você, mundano, está passando por uma situação difícil, aí vai à dica: procure um Psicólogo e marque já a sua consulta. Vai por mim, esse papo de ter pai para todo lado e não ser filho de ninguém não é de Deus, Raziel não curte e não há feitiço no mundo que te faça encarar isso tudo com naturalidade.
A segunda dica para você passar por isso da melhor maneira é simples: questione. Não acredite no primeiro cara que te olhar, abrir os braços e disser: Eu sou seu pai. Tome aqui uma espada, um falcão e um demônio de presente. Cuide bem do seu Ravener.
Também não acredite muito no nome do seu pai. Pesquise no Google (aprendi tudo sobre sites de pesquisa com a Clary) e confira se o cara que diz ser seu pai está mesmo vivo. Ser filho do Michael por 10 anos e descobrir que o cara nem sabia quem eu era por já ter virado pó, deixou traumas até hoje. Saudades, Michael! Ave atque vale.
A terceira dica para que tudo saia bem é esta: se você for mundano, comece a juntar dinheiro para o dia dos pais. Ter pai nos 4 cantos do mundo pode lhe causar sérios problemas financeiros.
Anotaram e entenderam tudo? Espero que sim, não quero ter que repetir tudo isso.
Até mais… ou não!
Jace Wayland.