Para quem já assistiu os trabalhos do Kevin no cinema (como eu), sabe que a maioria dos seus personagens (tirando aqueles de quando era mais novo) são homossexuais. Confesso que não fiquei surpresa com a facilidade do ator aceitar fazer o teste para o Alec e muito menos com o fato dele ter sido escolhido para interpretá-lo. Afinal, Alec Lightwood tem tudo para inspirar o público LGBT, pois há poucos personagens na literatura que realmente os representa e Kevin já tem, digamos (er!), experiência para esse tipo de papel.
Que o Sr. Feliciano não leia isso (leia sim!), mas ele não representa o Alec nem a pau.
Em divulgação do novo filme, The Colony, Kevin deu uma nova entrevista para o site Straight, que tem como pautas assuntos que envolvem o público LGBT. O ator falou sobre como os papéis homossexuais no cinema mudaram com o passar do tempo e, claro, sobre o Alec.
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Uma das declarações que Ziggy deu à publicação foi a seguinte:
“Não é um tabu como costumava ser (personagens gays no cinema). É mais uma coisa de geração. As pessoas costumavam considerar o “personagem gay”, mas não conseguia defini-lo. Elas agiam como: “Oh! Ele é o cara gay!”. Acho que agora todo mundo tem mais experiência, seja com membros da família que são gays ou qualquer outro caso que possa haver. Certamente, para a minha geração não é mais um assunto para tanto alarde.”
Não é à toa que ele se mostra muito confortável em falar sobre Alec quando é questionado, personagem que terá um romance muito lindo com nosso feiticeiro maravilhoso, Magnus Bane.
Sobre a participação em Os Instrumentos Mortais, Ziggy falou o seguinte:
“Os Instrumentos Mortais é um grande filme e o estúdio realmente se sente confortável com um dos personagens principais ser gay. Isso indica a opinião das pessoas sobre esse tipo de coisa, que é não se importar tanto com esse assunto. Trata-se apenas de uma das camadas do personagem que eu terei que interpretar”.
De fato, Ziggy acha que o fato de Alec ser gay apenas adiciona mais complexidade ao papel.
“Para mim, isso faz o personagem mais dinâmico. Há muito mais trabalho com o comportamento (do Alec) e as ações dele no filme não são definidas de forma alguma com base na opção sexual. De certo, ele é um dos personagens mais bad ass da adaptação. Então, não se trata apenas de algo que tenha a ver com a atuação. Não é algo que precisamos focar. É apenas um dos inúmeros traços que ele tem.”
Ziggy ainda complementou:
“Para mim, é chato interpretar um personagem com apenas uma faceta. Eu acho que, talvez, por ter começado a trabalhar tão jovem, estar no set pela primeira vez deixou de ser novidade e se desgastou, o que me fez querer algo mais difícil. Quero fazer algo desafiador, complicado e desconfortável. Então, quando li Os Instrumentos Mortais, foi o personagem que, de imediato, se destacou, porque há muitas camadas no garoto (Alec). Eu só tentei encontrar o personagem ou o filme ou o diretor que eu acharia que me desafiaria o bastante”.
Em última análise, Zegers diz que o resultado final é sempre sobre a história e o caráter, independentemente de identidades.