As entrevistas do Kevin durante a Comic-Con não param de pipocar e agora, nós trazemos para vocês uma entrevista que ele concedeu ao Dread Central.
Continuem lendo 😉
Dread Central: Parece emocionante fazer parte desse mundo e é algo que você nunca fez antes. O que mais pesou para você fazer parte de “Os Instrumentos Mortais”?
Kevin Zegers: Ah sim, isso era algo totalmente diferente para mim. E então eu li o script e realmente amei esse personagem. O universo era algo realmente legal e eu sabia que os livros tinham uma base enorme de fãs, mas acima de tudo eu estava vidrado pelo meu personagem. Ele era realmente interessante; a sua história por trás e para onde ele vai com todas essas histórias, é tudo muito complicado e desafiador, o que eu achei ótimo. Então, quando encontrei com Harald e nós nos sentamos e falamos sobre isso, nós estávamos na mesma página em diversas formas e eu gostei das ideias dele para o meu personagem e isso soou como um pequeno filme sendo feito em grande escala. Parece como quando estamos fazendo filmes e nós, atores, apenas temos todas essas coisas malucas acontecendo ao nosso redor. E isto era exatamente o que estava procurando.
Dread Central: Para os fãs que estão lá fora, você pode falar sobre o quanto dos livros vamos ver nas telonas com esse grande filme?
Kevin Zegers: Como são duas coisas diferentes, se nós filmássemos tudo o que está no livro o filme duraria algo em torno de sete horas. Mas eu assisti ao filme há algumas semanas e eu tenho certeza que os personagens, a história e a essência do livro ficaram bem fiéis. O que todos amam sobre os livros é o que está no centro do filme. Esse era o nosso maior foco, os detalhes não foram atendidos em todo momento ou as coisas ficariam complicadas, mas o mais importante para todos nós era contar a história de maneira que as pessoas que só vão assistir ao filme tenham a mesma conexão com o material daquelas que amam os livros terão.
E isso foi difícil e complicado porque ao longo do caminho você precisa fazer alguns sacrifícios para abordar outros aspectos da história. Não foi fácil conseguir um balanço nas coisas, mas Harald fez isso brilhantemente. Nós apenas queríamos fazer um ótimo filme e eu acho que nós conseguimos.
Dread Central: Você comentou que está sendo mais do que um filme de atores; você pode falar um pouco sobre como vocês se prepararam para equilibrar a história com todos os efeitos visuais?
Kevin Zegers: Bom, eu acho que quando fui chamado para fazer isso, notei a incrível quantidade de talentos que eles tinham reunido e então eu soube que não seria algo como “cortar biscoitos”. Este elenco era muito específico e não como outro qualquer, o que me fez pensar que isso seria ótimo. Todo mundo que estava por perto era alguém com quem eu realmente queria trabalhar e eu pensei que era algo grandioso, que todo o elenco era ótimo para o papel e não necessariamente o cara que apenas passou a ser algo por ter vindo de uma grande campanha da Chanel (risos). Isso não acontece sempre desse jeito e eu acho que é por isso que quando estávamos filmando nós fomos capazes de trazer esses personagens à vida do jeito que o Harald tinha imaginado.
Uma das razões pelas quais foi fácil interpretar o Alec, é ele ser um personagem que se parece bastante comigo em alguns pontos e eu pude colocar partes minhas nele, então não tive que lutar para encontrar essas peças, e isso ajuda a tornar a performance algo mais natural.
Dread Central: Como foi colaborar com Harald; o que você acha que ele trouxe especificamente do papel para o filme?
Kevin Zegers: Bem, como um cineasta, ele é muito competente com os efeitos visuais, então eu acho que ele fez um bom trabalho com isso, ele realmente foi capaz de manter o foco ao contar a história. Ele foi capaz de dar a devida atenção aos personagens por ter que lidar com coisas como os efeitos e as acrobacias, os visuais vêm facilmente para ele, então ele pode colocar essa energia em todos os personagens, o que é realmente importante.
Isso é muito importante, porque há outros livros assim também e todos precisam ter isso em mente; na verdade, nós estamos prestes a começar a filmar a sequência Cidade das Cinzas, provavelmente dentro de um mês e meio. E a única maneira de fazer o público querer voltar e assistir esse novo filme é saber se eles estão dispostos a seguir esses personagens mais uma vez nessa jornada, depois dessa que foi apresentada no primeiro filme. Caso contrário, você está apenas fazendo um filme com duendes e lobisomens e não está dando ao público uma razão para se preocupar ou para querer sair e assistir à sequência ou preocupação sobre o que acontece a esses personagens.
Fonte: Dread Central.